É hora de um master reset.

Os últimos dias foram muito diferentes na minha cabeça. Eu escrevo aqui já faz um tempo e sempre tive toda a animação possível em falar sobre qualquer coisa, de futebol até política, sem muito filtro e tendo como principal objetivo a minha diversão pessoal (não mentirei sobre isso). Usei vocês por várias vezes como experimento social, para entender qual o viés de quem acompanha o blog, procurando saber o que interessava mais, o que incomodava e o que não tinha nenhum efeito. Vi que aqui dá para falar de tudo mesmo, pois pelo menos no meio que eu vivo atualmente e com as pessoas que convivo, há gosto para tudo, há diversidade de opiniões e há muita gente que acompanha de fato e que me cobrou por esses dias sem nada publicado.

A turma toda que começou o projeto comigo abandonou o barco, cada um por seu motivo, e não sofro com isso. Começamos sabendo que isso ia acontecer e quando aceitei investir nessa empreitada já sabia que ou terminaria sozinho ou teria no máximo mais um ao meu lado. O problema não é saber, acompanhar, entender, conhecer, pesquisar e nem nada conceitual como isso e sim o simples fato de gostar e querer escrever. Importa conseguir colocar no “papel” um conjunto de ideias que faça sentido e que apresente conteúdo e qualidade (não soou modesto, mas entendam como sendo). Não significa que os antigos parceiros não saibam escrever ou algo assim, mas que não tinham isso como uma ferramenta diária, não tinham a retórica como comum e não estavam acostumados a dedicar tempo para algo assim. Problemas pessoais, familiares e até mesmo coisas menores foram os motivos das desistências e, no final, fiquei eu. Curiosamente aquele que gosta de escrever, que tem isso como ferramenta diária e que trabalha com isso todos os dias. Falar e escrever é o que eu faço, é o que eu sou e por isso a coisa continuou. E vai continuar.

Diferentemente da ideia original, na qual o objetivo era falar essencialmente de esporte e eventualmente de outros assuntos, falarei essencialmente de outros assuntos e eventualmente de esportes. Meu ouro não é aumentar a quantidade de leitores ou de seguidores e muito menos popularizar o que escrevo e sim de escrever. Somente isso. Sou apaixonado por esporte e isso jamais deixará de ser assunto para mim, mas não tenho tanta vontade assim de falar sobre esporte com as pessoas e sim sobre as outras milhões de coisas que estão ao nosso redor e que são “mais importantes”. É disso que irei falar.

Sabendo que a ideia desagrada a alguns ou tira o interesse de outros, me despeço formalmente do chapéu de Steve, o entendedor, que esteve lá. Serei o Steve, cidadão, espelho fiel do meu criador (de um deles, para ser justo) e que agora continuarei trabalhando pela minha satisfação, dentro dos meus conceitos e das minhas escolhas.

Vou estimular mais os debates e cutucar algumas feridas, pois quero ver quem é quem e prometo que mesmo que discordemos, nos respeitaremos. Pelo menos eu respeitarei, garanto.

Devo mudar a carinha da página também. Mais sóbria e mais de humanas.

Vamos ver no que vai dar. E se não der em nada, já valeu a pena assim mesmo.