Um pé e meio na final. Atlético chega forte em mais uma reta final de Copa do Brasil.
- Frank Moreira
- 27 de out. de 2016
- 3 min de leitura
Não vi o jogo e não vou mentir sobre isso. Não tenho nem ideia de como ele foi e não acho que procurar saber no dia seguinte vai me fazer bem algum. Se quiserem saber dos detalhes, Globoesporte, ESPN e Fox terão de tudo para ajudá-los. Eu sou cruzeirense e meu rival é o Atlético, é simples de entender, mas não sou idiota e nem cego. Muita coisa foi provada ontem e meus amigos atleticanos precisam saber que tenho capacidade de entender o futebol como ele é e não como eu gostaria que ele fosse.
O que eu sei de verdade é que o Atlético se acostumou a ganhar e não há treinador questionado, torcedor pessimista ou mídia tendenciosa que fará isso mudar nos próximos anos. O alvinegro encontrou o caminho das glórias e está muito perto de mais uma final de Copa do Brasil. Desde 2012 vemos um caminho cheio de vitórias, títulos, histórias épicas e, muito mais importante do que isso, de muita vontade de jogar futebol.
Quando saí do Mineirão ontem depois da derrota do Cruzeiro para o Grêmio, discutia com um amigo sobre isso e sobre a necessidade de entender o momento como ele realmente é. O Atlético tem em seu elenco jogadores que fazem a coisa acontecer, que sabem crescer na hora certa e que sabem chamar para si a responsabilidade quando necessário. Victor, Marcos Rocha, Leonardo SIlva, Erazo, Fábio Santos, Rafael Carioca, Junior Urso, Cazáres, Maicosuel, Dátolo, Otero, Robinho, Fred, Clayton, Luan, Pratto. Não seria preciso mais nada do que isso para criar uma dinastia se o futebol não fosse o esporte que é e a diretoria do clube vem fazendo isso ano após ano, sempre permitindo que as conquistas venham e, se não vierem, que um bom futebol seja sempre jogado e uma boa impressão seja sempre deixada.

Fonte: www.espn.com.br
Ontem o Atlético venceu o Internacional no Beira Rio por 2x1 e está praticamente classificado para a final da Copa do Brasil. Muitos atleticanos amigos já disseram que o placar não refletiu o jogo, que o Inter poderia ter empatado, ganhado e sei lá mais o quê. Estou ouvindo isso desde que esse torneio começou. primeiro "demos sorte de pegar a Ponte", depois "demos sorte de ganhar da Ponte", depois o mesmo com o Juventude, aí veio a "sorte de pegar o Inter com o foco em não cair" e provavelmente na final será o "demos sorte que é o clássico, já que não ganhamos do Cruzeiro esse ano". isso é irrelevante e o que interessa de verdade é o torcedor atleticano saber que hoje torce para um time vencedor e que deve aproveitar cada segundo desse momento, pois o futebol não costuma permitir que isso se estenda por tantos anos como vem acontecendo com o time mineiro e com o mais sincero e absoluto merecimento.
Não tenho vergonha de falar que quero que o Atlético perca, mas jamais deixarei de saber reconhecer quando ele fez a parte dele para ganhar. Sorte dos Cruzeirenses que esse elenco caiu nas mãos de um treinador bom, mas sem a real capacidade de extrair dos jogadores algo a mais com um reforço tático. Se isso tivesse acontecido, se estivesse do lado do lá um Mano Menezes, um Abel braga, um Cuca, certamente 2016 ia ser pequeno para tamanho festa alvinegra.
Assim como fiz em um post anterior, não mudará absolutamente nada do que disse ou pensei uma vitória e eventual classificação do Internacional no jogo de volta, em Belo Horizonte. Mas sou capaz de dizer que o Juca cortaria os braços caso isso acontecesse.
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