A queda de uma máxima. Bengals derrubam Dolphins.
- João "Jones" Garcia
- 30 de set. de 2016
- 2 min de leitura
Assim como no futebol existe a famosa máxima de que “quem não faz, toma”, tem-se, no futebol americano, o ditado de que “quem anota field goal leva touchdown”. Para a sorte dos torcedores do Cincinnati Bengals, o jogo de abertura da quarta rodada da NFL ontem de noite serviu como anti-exemplo desta lei. Foi um verdadeiro massacre não refletido no singelo placar de 22x7, de uma boa equipe que precisa de alguns acertos para poder brigar por coisas maiores na temporada sobre uma equipe completamente limitada.
Após as primeiras duas campanhas, o placar mostrava 7x3 Dolphins. Era o “quem anota field goal leva touchdown” na sua forma mais pura. Mas o que se viu deste ponto em diante foi um massacre de Cincinnati e de A. J. Green. Os Bengals tiveram maior tempo de posse de bola (38 minutos a 22), mais jardas totais (362 a 222), maior número de first downs (19 a 8) e venceu a batalha dos turnovers (2 a 0). A. J. Green terminou o jogo com 10 recepções para 173 jardas e um TD, e até o final do terceiro quarto somava mais jardas que o time de Miami inteiro. Porém, tal superioridade não se refletiu no placar, pois as chances na Red Zone não foram aproveitadas, e o TD de Green foi o único da noite para o time de Cincinnati. Nugent completou o placar com seus 5 FG.

Fonte: The Sydney Morning Herald (smh.com)
A “sorte” dos Bengals é que o ataque de Miami é incapaz. Tirando o TD de 74 jardas de Kenny Stills, o time somou apenas 148 jardas totais. O jogo corrido foi bem e manteve média superior a 4 jardas por tentativa, mas foi acionado apenas 13 vezes na partida, divididas entre Isaiah Pead, Demian Willians, Kenyan Drake e Jay Ajayi. Parece que com a lesão de Arian Foster os coordenadores do time não acharam alguém em que eles confiem para carregar o piano. Ryan Tannehill não evoluiu como quarterback nos últimos anos. Está longe de ser um exímio passador e sua movimentação e percepção dentro do pocket é fraca, resultando em 5 sacks e um fumble no jogo de ontem. Isto porque os Bengals mandaram blitz em apenas 5% das jogadas contra o Miami, diferentemente dos 18% da última semana contra Denver.
A boa notícia para o torcedor dos Dolphins é que a defesa foi, de certa forma, bem, e ainda tem potencial para melhorar, pois conta com nomes de peso como Ndamukong Suh, Reshad Jones, Kiko Alonso e Byron Maxwell. Já Cincinnati parece sentir as saídas de Marvin Jones e Mohamed Sanu, que completavam o ataque aéreo tão bem com A J Green. O conforto é que Tyler Eifert, a principal arma na Red Zone de Andy Dalton que anotou 13 TD’s na temporada passada, deve voltar de lesão nas próximas semanas. Com ele em campo, Nugent deve chutar mais extra points e menos field goals e o time vai precisar de um ataque mais eficiente para disputar a divisão com Baltimore Ravens e Pittsburgh Steelers.
Só me resta uma pergunta a fazer, após ver o jogo de ontem: como Pedro “Cica” Queiroga apostou que Miami ficará em segundo na sua divisão?
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