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É difícil o Cruzeiro cair, mas não impossível

  • Foto do escritor: Frank Moreira
    Frank Moreira
  • 16 de set. de 2016
  • 3 min de leitura

O Cruzeiro melhorou demais com a chegada de Mano Menezes, após desempenho frustrante do português Paulo Bento. A chegada do treinador europeu foi bem recebida e tratada com muita esperança pela torcida azul, que imaginava a possibilidade de uma boa adaptação do elenco aos conceitos e projeções do treinador – deu errado e deu muito errado. Mano veio, mais uma vez, como o salvador da pátria e conseguiu dar padrão de jogo e trazer resultados melhores. O Cruzeiro estava na vice-lanterna e em pouquíssimas rodadas conseguiu abrir 4 pontos para o Z4.


Esse crescimento de um time como o Cruzeiro sempre faz com que os torcedores e parte da mídia cheguem à conclusão de que é muito simples não cair, dada a diferença de estrutura e investimento quando comparado à maioria dos piores times da competição. Basta estabilizar o time e ir ponto a ponto, sem maiores sofrimentos e também sem maiores expectativas. Um time como o Cruzeiro que nunca caiu leva por demais a sério esse dado e trabalha para manter essa estatística que o difere de vários outros gigantes do futebol brasileiro, especialmente seu maior rival, rebaixado em 2005.


O que podemos perceber após o final da rodada 25 do Brasileirão é que o Cruzeiro cresceu demais de rendimento, não faz mais nenhum jogo apático como fazia com Paulo bento (e Deivid, mais no passado), passou a ser muito mais respeitado pelos adversários e no final da história está somente a um ponto do Z4. Isso não significa desespero, mas sim que mesmo com uma melhora significativa e com resultados interessantes, é perfeitamente possível que o Cruzeiro termine a rodada 27, após enfrentar o Atlético MG e o Flamengo, dentro da zona de rebaixamento. Mais uma vez digo que isso não significa que irá cair ou que o problema não terá solução, mas sim que estaríamos a 11 rodadas do fim da competição e o Cruzeiro estaria entre os 4 últimos, ainda tendo que enfrentar adversários diretos fora de casa e grandes times que estarão disputando o título e vagas no G4.


Fonte: globoesporte.com


O torcedor azul vive um momento resignado, desconfiado, e mesmo com grandes públicos no Mineirão e com apoio quase que integral da torcida, que canta sem parar, viu seu time perder pontos incríveis em casa contra Coritiba e Botafogo nessa última sequência de 6 jogos. São 4 pontos a mais na tabela que colocariam o cruzeiro a duas rodadas do Z4 e já com pensamentos mais otimistas em relação ao futuro após esses dois clássicos que vêm por aí. Se fizer zero pontos nos dois próximos jogos, apesar de saber que basta voltar ao caminho das vitórias que com mais uma rodada sairia do buraco, o emocional não será mais o mesmo e o discurso (especialmente dos rivais) vai ser de que uma hora a coisa dá errado. Lembro aqui do Atlético MG que ensaiou a queda para a série B por diversos anos, sempre escapando com ou sem folga no final da temporada, até se ver em situação sem conserto e amargar o descenso que, querendo ou não, virará uma marca na história de todos os clubes enquanto houver algum gigante que nunca caiu.


O Cruzeiro vem ensaiando nos dois últimos anos e a oitava colocação do ano passado foi fantasiosa, pois se deveu a uma sequência incrível que o time não está conseguindo repetir neste ano. Quem muito ensaia, uma hora acerta e é válido lembrar que a raposa mineira não é conhecida por ser um time vibrante e de resultados impossíveis dentro de campo, pois sempre se destacou pela qualidade técnica e pelo potencial diferenciado dos seus atletas. Esse grupo é talentoso, bastante talentoso, mas com exceção de uns dois ou três nomes os demais não costumam apresentar o brio necessário para fazer com que o time saia do buraco, caso sele seja maior e mais difícil de escalar.


O torcedor cruzeirense não quer cair, assim como não quer ver o Atlético MG campeão, e isso fará com que o clássico de domingo valha mais até do que os 6 pontos do clichê sempre utilizado. Vale o Cruzeiro mostrar que tem força para sair dessa situação enfrentando também os grandes times da competição, além de dar uma freada no maior rival, que vê a liderança de perto e a chance do bi-campeonato ser mais real a cada vitória.


18/09/2016, Mineirão, 16:00. A hora de gritar para os adversários que um clube gigante realmente não cai, ou então a hora de ouvir deles que, inevitavelmente, seu dia vai chegar.

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