Wawrinka e Kerber reinam na "Big Apple"
- Frank Moreira
- 12 de set. de 2016
- 3 min de leitura
Não podemos jamais sugerir que os títulos de Stanislas Wawrinka e Angelique Kerber na edição 2016 do US Open sejam zebras, pois a alemã acaba de virar a número um do mundo e o suíço é o número 3, logo, nada mais aceitável do que os dois poderem levantar a taça de um Slam.
Kerber teve a vida “facilitada” quando a tcheca Pliskova bateu a super favorita e então número um, Serena Willians, na semifinal. Imaginava-se que Pliskova já estava além do que se esperava dela e que chegaria na final para dar a Kerber uma vitória simples, sem maiores complicações. A tcheca endureceu o jogo e após perder o primeiro set teve um longo período de superioridade na partida, no ponto em que parecia que o título viria, pois Kerber se assustou com a força de Pliskova e a consistência nas trocas de bola no fundo da quadra. O terceiro set foi muito equilibrado, com muitas oportunidades de quebra desperdiçadas e, em nenhum momento, houve a certeza da vitória de uma das duas tenistas. A tcheca chegou a abrir 3x1 e fazia o público americano delirar a cada ponto, mas a real possibilidade de ganhar um Grand Slam logo em sua primeira final fez com que a tenista de 26 anos perdesse completamente a capacidade de decisão nos pontos importantes e Kerber, mais experiente e acostumada com as grandes finais, dominou o jogo. A alemã buscou o placar e abriu 5-4 em seu saque, dando a chance de empate caso a adversária confirmasse o serviço. Mais uma vez o momento decisivo travou Pliskova que cedeu a quebra e o jogo, que terminou com parciais de 6-3, 4-6 e 6-4. Desde 1996, quando Steffi Graf conquistou o US Open, uma tenista alemã não levantava o caneco do Grand Slam americano. Kerber termina a semana como vencedora de dois dos quatro maiores campeonatos da temporada e como número um do mundo – difícil sonhar algo maior do que isso.

Fonte: globoesporte.com
Na chave masculina, a final era entre o número um do mundo, Novak Djokovic, e o número três, Stan Wawrinka. O suíço havia vencido Kei Nishikori em uma semifinal, enquanto Djoko bateu o francês Gael Monfils. Após o primeiro set o desenho do jogo sugeria aquilo que o mundo inteiro já esperava, pois os dois tenistas trocavam boas bolas, jogavam de forma consistente e firme e ainda assim o sérvio vencia no final – essa é a tônica do histórico dos jogos entre os dois. A vitória no tie-break por 7-6 mostrava que Djokovic poderia “cozinhar” Wawrinka como já fez em outras ocasiões, pois perdia por 5-2 e ainda conseguiu buscar a parcial. Acontece que o suíço vinha de 10 finais com 10 títulos e essa estatística que mostrava sua força em momentos decisivos não poderia passar despercebida justamente em um título tão importante. O segundo set começou como o primeiro e o suíço abriu 4-1 com facilidade, mas viu o número um do mundo mais uma vez buscar o empate, porém, com muita agressividade, Wawrinka fechou em 6-4 e ganhou confiança para a arrancada do título. Djokovic dava sinais de cansaço e sentia um incômodo na região do púbis, mas ainda assim fez um set de muita luta e acabou perdendo por 7-5. O último set mostrava o cenário todo a favor do suíço que jogava bem, de forma agressiva, e pelo fator físico estar pesando contra o sérvio. Quando o jogo estava em 3x1, Djokovic pediu uma parada para atendimento médico no pé direito e isso provocou uma série de reclamações de Wawrinka que não se conformava já que a lesão apontada anteriormente era na virilha e também no outro pé. As imagens da transmissão na Arthur Ashe foram claras e o dedo ensanguentado do sérvio sendo transmitido ao vivo para todo o mundo fez Wawrinka parecer o vilão pela reclamação. Curativos trocados, Djoko voltou para o jogo e fez seu papel com bastante honra, pois endureceu o final do jogo mas não impediu a vitória do suíço por 6-3 e a conquista de três dos 4 Grand Slam existentes. O “Carrer Slam” pode vir em Wimbledon, no próximo ano.

Fonte: globoesporte.com
Kerber e Wawrinka afirmam ao mundo do tênis que estão entre os principais nomes da atualidade e colocam um calor maior em Serena, Djoko e Murray, que se acostumaram a serem soberanos no ranking e nas grandes finais.

Fonte: http://newyork.cbslocal.com/
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