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De Bruyne brilha, City vence United e Guardiola amplia a freguesia com Mourinho

  • Foto do escritor: Frank Moreira
    Frank Moreira
  • 10 de set. de 2016
  • 3 min de leitura

Por: Pedro "Cica" Queiroga


Só permanece um invicto em Manchester na Premier League. Em um jogo marcado por muitas falhas individuais, o City bateu o United por 2 a 1, manteve a campanha perfeita na temporada e aumentou ainda mais a freguesia do “Special One” com seu principal rival.


Nunca antes este derby teve tanta badalação fora das quatro linhas. Pep Guardiola e José Mourinho incendeiam ainda mais esta rivalidade nessa temporada, relembrando os tempos que comandavam Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Envolvido em polêmicas já no começo de seu trabalho, tirando Yaya Touré e da lista de relacionados da Champions League e negociando o ídolo Joe Hart, Pep não contou com Agüero, um de seus principais jogadores e fora por lesão muscular. Já Mourinho tinha praticamente força total disponível para a partida, e mesmo assim escalou Lingard como titular, optando por manter Martial, Mata e Rashford como suplentes.


O jogo começou e rapidamente foi dominado pelo City. Os comandados de Guardiola mostraram que já adaptaram bem ao estilo de jogo do treinador espanhol, e chegaram a ter até 70% de posse de bola no primeiro tempo, mesmo jogando em Old Trafford. Aos 14’, De Bruyne aproveitou o vacilo de Blind e bateu na saída de De Gea, inaugurando o placar. Nada mudou na partida após o gol, e os Citzens continuaram a mandar na partida, com Fernandinho se destacando e anulando as ações do meio campo do Reds. Aos 35’, em outro vacilo de Blind, o mesmo De Bruyne chuta colado, a bola bate na trave e volta no pé de Ihenacho, que sozinho não perdoou e marcou o segundo do City. O United, que só havia chegado com perigo em um chute de fora da área de Pogba, parecia abatido e não mostrava nenhum sinal de reação, até que em uma bola alçada na área, Cláudio Bravo, contratado a pedido de Guardiola e que estreava em seu novo clube, se desentendeu com Stones e soltou a bola. Ibrahimovic não desperdiçou, diminuiu, e pôs fogo no jogo. Quarto gol de Ibra nos últimos quatro jogos pelos "Red Devils". Logo após o gol, Ibra teve outra chance e quase empatou a partida.


De Bruyne foi destaque na vitória do City em Old Trafford. Foto: globoesporte.com

Daí em diante, a partida foi outra. No segundo tempo, Mourinho acertadamente substituiu Lingard que pouco produziu pelo promissor Rashford e também entrou com Ander Herrera no lugar de Mkhitaryan. O jovem inglês entrou com tudo na partida, e criou algumas chances de gol. O jogo ficou mais aberto e mais gostoso. Mais pressionado, o City quase viu seu rival empatar em nova falha de Bravo, desta vez com os pés, característica que o credenciou para sua contratação. O goleiro chileno tentou um drible dentro da área, adiantou muito a bola e dividiu forte com Rooney. O árbitro corretamente não marcou pênalti. Aos 68’, Rashford recebeu longo lançamento, entrou na área e bateu. A bola bate em Ibrahimovic, impedido, e entra. Novamente o juiz acertou e anulou o gol. E o City queria mais. Em jogada de Sané, que também estreava, novamente De Bruyne apareceu e bateu forte e mais uma vez a bola bateu na trave. No final do jogo, pressão total do United, que quase relembrou os tempos de “Fergie time”, com muitas bolas na área e inúmeras tentativas de Ibrahimovic. Mas o placar não mudou, e merecidamente, o City saiu vencedor.


Guardiola bateu Mourinho mais uma vez. Foto: globoesporte.com


O torcedor do City obviamente está feliz com a vitória, mas também deve estar empolgado com o rendimento de Kevin de Bruyne. O belga mais uma vez foi destaque, chegou a jogar até como falso 9 após a substituição de Ihenacho e foi muito perigoso e efetivo durante toda a partida. Cada vez mais maduro, nas mãos de Guardiola só tende a crescer ainda mais e ao lado de Agüero tem mais do que nunca a chance de elevar o City de patamar. Pep ainda viu Fernandinho jogar muito e deve estar muito ansioso para ver Gündoğan ao lado do brasileiro.


Por outro lado, Mourinho deve repensar o posicionamento de Pogba como nosso companheiro Frank Moreira já havia comentado anteriormente. Na oportunidade, o francês jogava pela sua seleção na Eurocopa e atuou muito recuado, onde tem total capacidade de jogar, mas de longe não tem o rendimento que o faz ser considerado um dos melhores meias do mundo. Talvez seja necessária uma contratação de mais impacto para jogar como volante, uma vez que Schneiderlin está longe de ser uma unanimidade na equipe e que o treinador português não quer contar com Schweinsteiger em seu elenco.

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