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Pro Evolution Soccer 2017 – Impressões da Demo

  • Foto do escritor: Frank Moreira
    Frank Moreira
  • 4 de set. de 2016
  • 4 min de leitura

Na última semana foi lançada a Demo do jogo de futebol virtual Pro Evolution Soccer 2017, franquia de maior sucesso da Konami e que trava, a cada versão, uma batalha épica com o rival Fifa Soccer, da EA Games.


Na versão 2014 do game a Konami conseguiu fazer com que milhões de fãs perdessem a fé na franquia e migrassem para o Fifa com a ideia de que o produto havia morrido e que a derrocada era sem volta. A ideia se manteve na versão 2015 mas foi um pouco desconstruída no ano seguinte e PES2016 conseguiu agradar a uma fatia maior dos amantes dos gramados virtuais.


A DEMO da versão 2017 veio cheia de limitações, como de costume e, obviamente, deixa uma série de perguntas sem respostas. Entretanto, o que sempre é mais importante, veio bem melhorado e passou aos player a nítida sensação de que há mais fluidez no jogo do que em projetos anteriores e que os comando, de fato, terão inteligência real e artificial falando a mesma língua. À parte a questão da física do jogo, que ainda parece um pouco arrastada, especialmente nas bolas levantadas e chutadas para longe, quando achamos que sairão do estádio e milagrosamente caem no peito do jogador alvo, a mobilidade dos jogadores está bem mais interessante. Condução de bola, dribles “secos” com a direcional e os famosos dribles com analógico, chutes a gol e enfiadas de bola mostraram que os produtores do jogo viram que as mágicas das versões anteriores estavam colocando a perder décadas de know how acumulados pela experiência dos jogadores – nada mais comum do que ouvir comentários de desistentes do PES falando que jogavam desde criança e que não conseguiam fazer mais nada no jogo.


Fonte: pesforuom.com.br


PES 2017 oferece em sua demos 3 times europeus (Arsenal, Barcelona e A. Madrid), 4 times sul -americanos (Corinthians, Flamengo, Boca Jrs e River Plate) e 2 seleções (Alemanha e França), além de oferecer dois estádios para sediar as partidas (Neu Sonne Arena e Camp Nou). Desconsiderando algumas desatualizações nos elencos dos europeus e seleções, os times sul-americanos são um festival de horrores – nomes errados, jogadores genéricos e ausências incríveis nos elencos fazem com que o fã da franquia se pergunte sobre a qualidade final do produto, mesmo com a possibilidade de atualizações periódicas, como já é de costume há algum tempo. Teremos mais um fracasso no suporte aos times “menos importantes” do jogo? Ou a Konami irá entender que o lado de cá do mundo também merece um jogo que pensa nos detalhes que nos fazem vibrar.



Dificilmente termos nesta versão do jogo um time mais forte que o Barcelona e isso já acontece há algumas versões, pois as características do PES sempre se enquadram com o que os jogadores do Barça têm a oferecer. Habilidade, passes rápidos e de qualidade, boa chegada no fundo e finalizações acima da média (especialmente do trio MSN) mostram que, ao menos na demo, o Barcelona é praticamente inigualável e duvido muito que algum trio BBC possa incomodar os catalães na versão final do jogo. A condução de bola de Iniesta, Messi e Neymar é fora de série e seus dribles curtos abrem espaços que o jogo normalmente não permite. A inteligência artificial de PES 2017 costuma fazer com que os zagueiros e defensores tenham uma capacidade absurda de antecipação e roubada de bola contra dribles em velocidade, mas o Barcelona foi programado para bagunças as defesas adversárias e ainda conta com o melhor centro avante da franquia – Luis Suárez é um monstro dentro e fora da área e sua capacidade de roubo de bola no ataque e conclusão sem espaço farão com que os craques citados anteriormente se sintam muito confortáveis em trabalhar para preparar bolas para o Uruguai matador.


A velocidade do jogo é apropriada para quem assiste, sem parecer rápido demais a ponto de questionarmos a verossimilhança do jogo com a vida real e nem é travado a ponto de perder o dinamismo que o futebol tem. Os goleiros parecem mais bem preparados, especialmente para defender as finalizações de R2 (chutes colocados com curva) que na versão 2016 eram absurdamente precisos, independente da distância. Outros sistemas que já eram bons foram mantidos, como as cobranças de falta e de pênalti, que exigem destreza e muita sensibilidade do controlador. A utilização do controle manual de companheiros é interessantíssima e permite aos usuários mais avançados sincronizar a condução de bola com o posicionamento do recebedor de forma a produzir ataques mais agudos e decisivos, sem se limitar a um atacante partir em linha reta independente do direcionamento que o companheiro com a bola der na jogada.


Não penso no PES ultrapassando o FIFA durante um bom tempo e duvido que a EA irá retroceder em alguma versão como fez a Konami em 2014, mas o PES parece ter entrado na linha de novo e toda vez que a discussão de qual jogo é melhor surgir novamente, perceberemos que os fãs de PES estarão mais seguros em defender o que o jogo é e não aquilo que já foi um dia.


O lançamento da versão final será no dia 13 de setembro e, como sai ao menos duas semanas antes de FIFA17, o PES terá a exclusividade do mercado para inundar as lojas e a PSN Store com seus discos e downloads. Dia 22 de setembro, quando o FIFA17 for lançado, tudo deve voltar ao normal e a disputa ficará somente nas ideias, pois nas lojas a EA certamente terá muito mais motivos para comemorar do que a Konami.


Ainda nessa semana teremos aqui no canal SteveLá um vídeo comentado de uma partida entre Flamengo e Corinthians disputada por dois dos blogueiros do site. Vale a pena acompanhar!!!

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