As novidades na jogabilidade de FIFA 17
- João "Jones" Garcia
- 26 de jul. de 2016
- 4 min de leitura
Após quatro versões do game FIFA tendo Messi como capa, a EA anunciou que o astro do Borussia Dortmund, Marco Reus, estampará a capa do FIFA 17, novo jogo da franquia que será lançado no final de setembro. O alemão venceu uma votação online que também contava com Anthony Martial, Eden Hazard e James Rodríguez. Juntos, estes quatro foram escolhidos para anunciar e promover o jogo, e cada um deles representa um conjunto de novidades na jogabilidade que serão apresentadas adiante de uma maneira não isenta da minha opinião.

REFORMULAÇÃO DO JOGO FÍSICO
Eden Hazard apresenta as mudanças no jogo físico. No trailer, é possível ver o jogador “fazendo pivô” e empurrando o marcador para trás em diversas situações, além de proteger a bola enquanto muda de direção. Além disso, a produtora promete novas e mais detalhadas interações físicas como colisões com o goleiro e disputa corpo a corpo enquanto a bola está no ar.
Todo ano, as novidades apresentadas pela EA tornam-se ferramentas importantíssimas no jogo. A correria do FIFA 15 e os carrinhos certeiros da versão atual são poucos e bons exemplos disso. Esta reformulação deve ser a chave do sucesso para o FIFA 17. O jogador deverá ter maior controle nas disputas físicas e a batalha da posse de bola deverá ser, ainda mais, determinada pela habilidade do jogador do que pela programação do jogo. Porém, é necessário rezar para isso não ser uma ferramenta tão poderosa e que o jogo não se transforme em apenas apertar L2 para ficar com a bola, já que Eden Hazard, um jogador que não é tão forte assim, faz isso com extrema facilidade durante o trailer (tudo bem que não iam colocar o garoto propaganda não conseguindo fazer o movimento por ele apresentado). Provavelmente, atributos como força e equilíbrio terão uma importância maior ainda na versão que está por vir.
SISTEMA DE INTELIGÊNCIA ATIVA
Em seu trailer, o garoto da capa mostra (ou tenta mostrar) a mudança no sistema de inteligencia artificial dos jogadores do time que detém a posse da bola. De acordo com a produtora, há uma maior atividade dos jogadores sem a bola, constantemente lendo os espaços vazios, analisando a proximidade dos adversários e identificando oportunidades de ataque. Quanto mais espertos os jogadores, ou (imagino eu) quanto melhor forem seus atributos de posicionamento, maior será essa atividade. Os jogadores também terão novos modos de movimentação: eles poderão passar de forma orquestrada, ou apenas fingir que irão passar para enganar a marcação, além de voltarem para buscar o jogo.
A cada versão lançada, são prometidos a nós mudanças na inteligência artificial, e em todas elas houve melhorias significativas e erros aterrorizantes nesse sentido. O importante é que eles continuem tentando melhorar sempre. Só nos basta aguardar.
NOVAS TÉCNICAS DE ATAQUE
Anthony Martial nos promete relembrar o que são gols rasteiros. No trailer, é dito que será possível finalizar, de forma efetiva, mantendo a bola baixa em qualquer situação: chutes de longa e média distância, finesse shots e voleios. Será possível, também, marcar gols cabeceando a bola para baixo. Com menos destaque no anúncio, o jogo promete melhorias nas enfiadas de bola e reposições rápidas dos goleiros, com força e direção, para ligar contra ataques.
Mudança mais que bem vinda. Fazer gols com uma porrada de longe no ângulo deveria ter um prazer quase orgástico em um jogo de futebol, porém, no FIFA 16, difícil mesmo é fazer um gol que não seja assim. Seria importante, também, tornar os chutes de longe menos efetivos. Sobre a reposição rápida do goleiro, quanto maior o número de detalhes e opções de jogabilidade disponíveis, melhor. Só enriquece o jogo. Fica apenas a dúvida se qualquer goleiro será capaz de fazer isso, ou apenas os goleiros que tem traits especiais.
REESCRITA DAS BOLAS PARADAS
James Rodríguez ensinando a bater faltas. Realmente teremos muito o que aprender no FIFA 17 no que se diz respeito a bolas paradas, já que todo o sistema foi remodelado. Em faltas diretas e penais, o jogador poderá escolher como e com qual velocidade se aproximará da bola, resultando em diferentes efeitos e batidas. O melhor exemplo disso é a possibilidade de bater uma falta direta de três dedos por fora da barreira. Pena que Roberto Carlos já se aposentou. Nos laterais o jogador poderá andar pequenas distâncias sobre a linha para efetuar a cobrança, e ainda poderá fingir a cobrança em alguma direção. A maior mudança será nos escanteios e livres indiretos, nos quais foi introduzida uma mira para escolher onde a redonda irá cair, enquanto será possível controlar um jogador na grande área. Uma grande mudança em relação ao sistema anterior, que funcionava à base da força da batida.
Com certeza a mais surpreendente das mudanças. Algumas horas serão jogadas a mais para aprender a utilizar todos estes novos recursos. Para os laterais, livres diretos e pênaltis, só vejo pontos positivos. A ideia de poder controlar alguém na área em um cruzamento com bola parada é interessante, pois pode permitir a execução de jogadas ensaiadas, como acontece na vida real. Porém, uma mira para escolher onde a bola irá cair no tiro livre indireto pode tornar este muito automático, exigindo pouquíssima habilidade da pessoa com controle na mão. Algumas perguntas ficarão no ar: qual será a influência do atributo de bolas paradas nesse tipo de cobrança? E haverá algum controle em relação ao efeito e altura da bola nessas situações? E se sim, como será feito?
FIFA 17 é o produto mais importante da EA GAMES. Neste ano, além das mudanças aqui apresentadas, novos modos de jogo foram criados, novas licenças obtidas e uma nova engine está sendo utilizada para sua produção. O investimento em melhorias tenta frear a melhora do concorrente PES nos últimos anos, apesar do jogo da KONAMI ainda possuir uma baixa fatia do mercado quando comparado ao FIFA. Enquanto os dois brigarem por cada venda, quem sairá ganhando seremos nós, amantes do futebol virtual.
Fonte: easports.com/fifa
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