Uma “merda” do tamanho das decisões do Presidente.
- Pedro Henrique "Choras"
- 18 de jul. de 2016
- 3 min de leitura
Depois de mais uma derrota, de um momento difícil e um provável ano para esquecer, Riascos deu a polêmica declaração afirmando que o tiraram da felicidade para jogar nessa “merda”.
Primeiramente queria mandar um recado para você, Riascos: “Merda” é você. Você não tem capacidade de uma dominar bola, não consegue conduzir, finaliza mal, e é, sem dúvida, um dos piores jogadores que já vestiram a camisa do Cruzeiro. Vendo você, tenho saudades de nomes como Adriano Louzada.
Apesar disso, acredito que o foco maior depois de todo esse episódio não é valorizar um atacante do tamanho (?!) do Riascos, mas sim as decisões de “merda” que o senhor Gilvan tem tomado desde que chegou ao Cruzeiro, fazendo o gigante que somos, cada vez menor.
No fim de 2011, depois de quase ser rebaixado, começou o mandato do Gilvan. Ele manteve o Montillo (depois de uma proposta de 10 mi de euros e mais 3 jogadores a escolha do Cruzeiro, sendo que duas das opções eram Casemiro e Jean), o que parecia mostrar que tinha grandes planos para o clube. Porém as contratações que vieram em seguida mostraram o oposto disso, com a chegada de jogadores de Série B e nomes inexpressivos. Parecia que nós não tínhamos feito o 6a1 eterno e a realidade era se manter na a série A. As coisas só tomaram um rumo mais tranquilo com a vinda de Alexandre Mattos que contratou jogadores experientes como Souza, Tinga, Borges e acabamos 2012 um ano tranquilo, porém longe do tamanho do Cruzeiro.
Na sequência vieram os anos de 13 e 14, que ficaram na história. Um baita time e dois anos de glória. Mas no fim de 14 era vez de Mattos aceitar o convite do Palmeiras e junto com ele foram embora a boa gestão e as decisões acertadas.
O ano de 2015 se iniciou com o conceito de que tinha chegado a conta dos bons anos de 13 e 14. Papo furado. A verdadeira conta que veio foi a falta de capacidade e as péssimas decisões do Presidente. Quando se fala em 2015 logo lembro do Benecy, Valdir Barbosa e Gilvan de Pinho dando entrevistas bizarras, se contradizendo e vazando todas informações possíveis para a imprensa. Lembro também das derrotas em negociações com jogadores e principalmente do fato absurdo das semifinais do mineiro, quando o Cruzeiro teve que jogar duas vezes com menos de 72 horas entre um jogo e outro. Para terminar ainda teve a capacidade de contratar Wanderlei Luxemburgo, um ex-treinador em atividade que se recusa a se atualizar. Por incrível que pareça o time conseguiu terminar o ano em alta, graças ao excelente trabalho de Mano Menezes, que teve a continuidade interrompida por uma proposta milionária para treinar um time chinês.
Com a saída do Mano, voltamos a estaca zero e ao nível alto de decisões de “merda” do nosso “querido” Presidente que, com o apelo dos jogadores, resolveu efetivar Deivid como treinador. Dizem que ele é um cara estudioso, interessado, mas para ser treinador de um grande time precisa estar apto a lidar com situações adversas, saber lidar com grupo, com ego de jogadores, com derrotas e com vitórias, saber colocar a teoria na pratica, motivar jogadores, entre outras coisas - claramente Deivid ainda não estava pronto para isso. Seria certo colocar um excelente acadêmico de medicina para fazer uma cirurgia, ou um de administração para gerir um negócio, ou um de direito para ser juiz de uma causa importante, ou até mesmo um engenheiro para fazer uma grande obra? E por que colocar o Deivid, sem experiência como treinador, para treinar um gigante como o Cruzeiro?

Foto disponível em: http://globoesporte.globo.com
E junto com o Deivid vieram apostas pessoais do Presidente. Os fenômenos atacantes Rafael Silva (está no Figueirense) e a “merda” do Riascos. Lembrando que por motivos pessoais o presidente também recusou o Nilmar e falou que o Nenê era velho quando foi oferecido antes de ir ao Vasco. Além de já ter contratado um volante do mais alto nível do futebol da Europa, o formidável Diego Árias (2012).
Ontem, na declaração feita à Rádio Itatiaia, veio à tona o que as suas decisões são, presidente: uma “merda!”. Se o senhor não quer renunciar, o melhor que faria para o Cruzeiro é deixar as decisões para outra pessoa, alguém que entenda de futebol. A realidade é que Gilvan, de certa forma tem se mostrado muito capaz, pois tem conseguido o enorme feito de fazer uma instituição gigante como o Cruzeiro Esporte Clube parecer ser menor do que seu real tamanho. Para isso é preciso muito esforço.
PS: Que a diretoria não facilite a saída do Riascos, um jovem de 30 anos. Que deixe apodrecer e ficar esquecido na Toca 1.
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