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A queda de rendimento do Vasco e a falta de planejamento para 2017.

  • João "Jones" Garcia
  • 17 de jul. de 2016
  • 3 min de leitura

No final do ano passado o Vasco começou a realizar uma sequencia de boas atuações na luta contra o inevitável rebaixamento, devido ao péssimo primeiro turno feito pela equipe cruzmaltina. O bom momento continuou no início deste ano: não perdeu nenhum dos oito clássicos disputados durante o campeonato carioca, nem para os pequenos clubes do rio, e foi campeão invicto. Na série B, estreou com goleada e manteve atuações seguras até a oitava rodada, na qual sua invencibilidade de 223 dias, ou 34 jogos, foi interrompida com a derrota por 2 a 1 para o Atlético Goianiense. Essa derrota foi um divisor de águas na campanha do time, e a partir dela a coisa começou a desandar. Nas demais oito rodadas disputadas até a data de hoje, o Vasco conquistou apenas 13 dos 24 pontos disputados, sem contar o empate em casa contra o poderoso time misto do Santa Cruz pela Copa do Brasil, que faz com que o Gigante da Colina entre em campo necessitando de gols no jogo da volta, na próxima quarta-feira.


Mas o que aconteceu de tão grave que mudou tudo do vinho para a água? Acredito que nada, o time apenas colhe o que plantou desde o início deste ano. O planejamento da diretoria não mostrou muita ambição. O time fez apenas cinco contratações neste ano: Yago Pikachu, William – em empréstimo vindo do Madureira, grata surpresa, por sinal – e os, também, “experientes” Rafael Marques, ex-grêmio, Marcelo Mattos e Fellype Gabriel, que chegou machucado e ainda está machucado. Dois nomes são esperados para serem apresentados nesta próxima segunda: os atacantes Júnior Dutra e Éderson, artilheiro do Brasileirão de 2013 pelo atlético paranaense. Reposição tardia para a saída de Riascos, que deixou o ataque à mercê de Thalles e Leandrão que oferecem muito pouco ao time titular.


Além disso, o elenco do Vasco é carente de profundidade e seus principais jogadores já estão em idade avançada. Dos onze jogadores considerados titulares, hoje, apenas Luan, Mádson e William tem menos de 32 anos. As opções do banco são, basicamente, mais jogadores acima de 30 anos, como Julio dos Santos, Diguinho, Eder Luis e Rafael Marques, e jovens que vieram da base ainda despreparados para integrarem o time principal. Com o aumento da frequência de jogos por semana para dois, o desgaste dos jogadores, principalmente os mais “experientes”, fica evidente. Andrezinho, que ditava o ritmo de jogo no meio campo, vem caindo de produção, Rodrigo tem falhado mais do que o normal e Nenê ainda brilha, porém com menos intensidade.


Rodrigo (35), Nenê (34), Andrezinho (32) e Jorge Henrique (34). Somadas as idades, tem-se 135 anos.

Rodrigo (35), Nenê (34), Andrezinho (32) e Jorge Henrique (34). Somadas as idades, tem-se 135 anos.

Fonte: vasconoticias.com.br


Nota-se que a "certa" ascensão à principal divisão do campeonato nacional foi ignorada no projeto deste ano. O elenco a disposição de Jorginho é mais do que suficiente para o acesso, e provavelmente, o Vasco deve levar mais um troféu da Série B para casa (não que eu me orgulhe disso). Mas, tudo o que sobrará para a disputa do Brasileirão ano que vem é um time fraco fisicamente, com poucas opções úteis no banco e um ano mais velho que este que começa a demonstrar irregularidade jogando contra times muito inferiores aos grandes nacionais, sem contar a iminente saída de Luan, convocado para as olimpíadas. O time deverá buscar vários reforços, que parte poderiam ser trazidos ainda nesta temporada para formar um grupo mais coeso, sem ter que fazer mudanças muito bruscas na próxima temporada. Porém, a oportunidade de planejar uma campanha de Série A sem grandes sustos já está passando, e provavelmente será adiada para 2017.



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