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Semifinais da Liga Mundial - Brasil na final

  • Foto do escritor: Frank Moreira
    Frank Moreira
  • 16 de jul. de 2016
  • 4 min de leitura

Por um momento no dia de ontem, imaginei que o Brasil pudesse estar querendo ser o segundo lugar de seu grupo, mesmo precisando somente de um set para ser campeão da chave. Entramos com um time completamente reserva contra os Estados Unidos que trouxe à quadra seu time titular, buscando uma despedida honrosa da fase final, disputada em Cracóvia, na Polônia. Nunca estive tão errado, pois o Brasil, mesmo com o time reserva, conseguiu uma virada incrível e terminou em primeiro no seu grupo – precisava ganhar somente um set, mas foi valente e com uma atuação de gala do ponteiro Lipe e uma belíssima distribuição do mago William, buscou a improvável virada após estar perdendo por 2x0. Os confrontos de semifinais ficaram decididos, colocando o Brasil frente a frente com os franceses e os Italianos encarando a fortíssima seleção da Sérvia.


As semifinais, realizadas hoje, ofereceram um espetáculo de excelente nível para os amantes do esporte. Mais cedo a Sérvia bateu a Itália por 3x2 em um jogo de muita instabilidade dos ataques, mas com um grande volume defensivo das duas equipes. Pela Sérvia, o ponteiro Kovacevic terminou como o maior pontuador do time e reforçou o conceito de que os atacantes canhotos são sempre mais difíceis de serem marcados. Muito forte no saque e bastante regular nas viradas de bola, o sérvio sempre oferece boas imagens para a transmissão – o jeito “marrento” e focado com o qual reage aos pontos marcados e aos erros da arbitragem são sua marca registrada. Caso a Sérvia venha a ser campeã da Liga, há grandes chances de o jogador ser escolhido o MVP da competição. O jogo terminou após uma sequência incrível de erros do atacante italiano Zaytsev, principal atacante do time, que concedeu três pontos seguidos ao time sérvio que não desperdiçou a vantagem e fechou a partida. As parciais foram de 23x25, 25x21, 25x23, 18x25 e 15x11, com Kovacevic terminando com 20 pontos e Zaytsev com 21. Abaixo as estatísticas da partida:


Fonte: www.fivb.com


A outra semifinal, mais aguardada e com maior nível técnico, foi disputada entre Brasil e França. No início do jogo o Brasil comandou o placar, com atuações acima da média do meio de rede Maurício Souza e do levantador Bruninho – já na segunda parcial o Brasil liderava por 6 pontos. Pelo lado da França o craque do time, Ngapeth, não conseguia se destacar e a virada de bola era muito difícil, com a defesa e bloqueio do Brasil sempre tocando nas bolas. O bloqueio brasileiro aparecia muito e 4 pontos nesse fundamento já haviam sido marcados quando o treinador da França gastou seu segundo tempo, com o placar em 18x12. O set caminhou de forma tranquila para os brasileiros até o final, com uma passagem muito boa do oposto Wallace no saque e a última parcial terminou em um inesperado 25x16 após toque na rede do bloqueio francês.


O segundo set parecia outro jogo e rapidamente a França abriu 8x4 com um saque muito eficiente e 3 pontos de bloqueio – dois desafios eletrônicos bem sucedidos deram a tônica da virada da postura da equipe europeia. O placar chegou a estar 13x7 e com uma sequência muito boa de bloqueios do Brasil a segunda parcial terminou apontando 16x14 para os brasileiros com a França acusando o golpe e errando muito em todos os fundamentos. Ngapeth finalmente aparecia no ataque francês e o set caminhou ponto a ponto até a França fechar em 25x23 após ataque de Rouzier.


Erros sucessivos e muitas falhas na distribuição do jogo foram a marca do início do terceiro set e mais uma vez a França conseguiu abrir boa diferença, indo para o tempo técnico com 8x4 no placar. O Brasil parecia assustado com o volume de jogo francês e mostrava pouquíssima variação nas jogadas de ataque, sempre buscando Lucarelli e Wallace em bolas altas pela ponta. Mais uma vez os franceses se acomodaram e o Brasil conseguiu encostar no placar, mas ainda terminou atrás na segunda parcial que mostrava 16x15 França. Ponto a ponto, mais uma vez, as equipes se alternavam na liderança e após bom saque de Evandro o Brasil fechou em 28x26 com um contra ataque de Lucão.


Fonte: massanews.com


No final da primeira parcial do quarto set a França vencia por 8x7 e nenhuma das duas seleções havia conseguido abrir dois pontos no placar. Ngapeth e Rouzier eram o pontos fortes da equipe francesa e após o retorno das equipes a França abriu 3 pontos de vantagem em um bloqueio espetacular em cima de Wallace. A reta final do set mostrava uma França confiante e um Brasil empenhado em buscar o resultado, mas sem nenhuma eficiência no passe e no bloqueio e após 5 pontos seguidos Bernardinho teve que parar o jogo com 14x8 no placar. Incansável e com um Éder muito inspirado no saque o Brasil buscou mais uma vez o placar e após um ace do central brasileiro o placar era de 16x15 para os franceses. A reta final do set, e do jogo, mostrou um Brasil revigorado pela recuperação espetacular e uma França incrédula com a sequência de 10 saques muito bem executados por Éder. Como nada neste jogo foi regular, a França ainda conseguiu buscar o placar e empatar o jogo em 20x20 e após longa troca de pontos, o Brasil se garantia em mais uma final de Liga Mundial – 33x31 após erro no ataque francês. Wallace terminou a partida com incríveis 29 pontos pelo Brasil e o também oposto Rouzier anotou 27 pela França. Veja os números da partida abaixo:


Fonte: www.civb.com


Brasil e Sérvia farão a final da Liga Mundial amanhã às 15:30. França e Itália se enfrentam às 12:30 pela disputa do terceiro lugar.

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